Linha de Pesquisa 1 - Organização, Trabalho e Interseccionalidades

Pesquisadoras/es:

Profª Drª Juliana Dourado
Beatriz Gomes do Nascimento (Associada)


Linha de Pesquisa 2 - Migrações, Deslocamentos, Territórios

Pesquisadoras/es:

Prof. Dr. Rafael Palermo Buti
Núbia Santos Souza
Alana Santos de Souza
Beatriz Bastos Borges (Associada)


Quilombo – Guia qualificado sobre a produção quilombola nos acervos das Universidades Públicas dos Estados da Bahia e Ceará (PIBIC-UNILAB)
Período:
Coordenação: Profº Dr. Rafael Palermo Buti
Bolsistas: 
Resumo do projeto:


Modos de Viver e Habitar de Guaiamuns e Gaiamunzeros nas Paisagens de Manguezal em São Francisco do Conde (Recôncavo da Bahia)
Coordenação: Rafael Buti
Bolsista(s):
Voluntária(o): Núbia Santos Souza
Período de execução: 2020/2021
Agência financiadora: Fluxo Contínuo (PROPPG)

Resumo do projeto: O projeto visa pesquisar os modos de viver e habitar de guaiamuns e gaiamunzeiros nas paisagens de manguezal em São Francisco do Conde, no Recôncavo da Bahia. A intenção é produzir material etnográfico dos lugares de ocorrência e captura de guaiamuns, buscando com isso descrever processos de ressurgência, perturbação e transformação dos territórios pesqueiros como forma de compreender o efeito da cadeia petroleira nos padrões de paisagem e modos de vida de guaiamuns e daqueles que os capturam como atividade de trabalho e soberania alimentar. Pretende-se produzir material cartográfico e audiovisual sobre territórios de guaiamum e técnicas de pesca ligadas à sua captura, além de mapear as iniciativas locais de recuperação das áreas de manguezal por parte dos pescadores. A intenção é colocar o guaiamum e as malhas de relação multiespécies que conformam os territórios pesqueiros no centro de um debate sobre modos de contaminar e de cuidar do manguezal, subsidiando o debate público em torno do marco regulatório do guaiamum e do plano de recuperação da espécie.

Linha de Pesquisa 3 - Trajetórias, Biografias e Narrativas

Pesquisadoras/es:

Profª Drª Cristiane Souza
Profª Drª Juliana Dourado
Profª Drª Mariana Petroni


É possível falar em biografias indígenas
Período: 2019-2020
Coordenação: Mariana da Costa Aguiar Petroni
Bolsista:

Resumo do Projeto:
Este projeto procura, através da etnografia do filme Serras da Desordem (2006) dirigido por Andrea Tonacci, discutir a possibilidade ou não da produção de biografias indígenas. Se as experiências narrativas desse autor encontram-se com a etnografia ao marcar para a antropologia a experiência da alteridade, o nexo entre a narrativa e as questões colocadas sobre a escrita destacam a importância de se compreender as construções com as quais operam os agentes em seu campo semântico próprio. Assim, ao compreender a produção narrativa desse cineasta podemos trazer questões pertinentes, desde outro campo de relação, para a produção de etnografias na antropologia. Busco, então, refletir sobre os desafios da “grafia” em antropologia e, como afirmam Kofes e Manica (2015), “submeter a imaginação antropológica à discussão sobre as dificuldades conceituais e práticas envolvidas no uso de narrativas biográficas e∕ou etnográficas” (2015, p.16). Por meio de perguntas tais como o que, como e para quem os filmes narram, pensar a narrativa e a maneira pela qual o que se revela e o que se oculta. Como escrever – no sentido de grafia – uma etnografia?


A escrita do eu: trajetórias estudantis e contribuições epistemológicas (FAPESB/UNILAB)
Período:
Coordenação: Juliana Dourado Bueno
Bolsistas: Beatriz Gomes do Nascimento

Resumo do projeto: Partindo de conceitos e reflexões apresentados por pensadores como Manuel Querino e Guerreiro Ramos, este projeto busca traçar e analisar trajetórias de estudantes universitários cujas experiências de vida e narrativas encontraram-se, durante muito tempo, no lugar de invisibilidade. Dentre os conceitos e entendimentos mobilizados pelos autores acima nos debruçaremos sobre as noções de escrita do eu e de negro como sujeito. Desse modo, buscaremos sistematizar, por meio da metodologia da História Oral, os relatos de estudantes, contribuindo para uma ressignificação epistemológica acerca das experiências de vida e do conhecimento acadêmico, especificamente nas Ciências Sociais. A justificativas de execução do projeto se dá, pelo menos, em duas frentes: a primeira delas diz respeito ao alinhamento teórico e conceitual com as diretrizes da universidade, que permite também fornecer subsídios para a implementação da Lei 10.639/2003; o segundo diz respeito à contribuição de estudantes para ressignificar, por meio do relato de suas trajetórias de vida, as epistemologias das Ciências Sociais.


Mapeamento, conservação e difusão dos acervos documentais e orais dos municípios do Recôncavo Baiano – estudos nos municípios de Candeias, São Francisco do Conde e Maragogipe
Período: 2014-Atual
Coordenação: Profª Dra. Cristiane Santos Souza
Bolsistas: Alana Santos de Souza, Beatriz Bastos Borges 

Resumo do Projeto: O projeto Mapeamento, conservação e difusão dos acervos documentais e orais dos municipais do Recôncavo Baiano estudo preliminar dos municípios de Candeias, São Francisco do Conde e Maragogipe faz parte de um conjunto de ações que organizam no grupo de pesquisa sobre Processos Sociais, Memórias e Narrativas Brasil/África. Nele propõe-se, assim, registrar e difundir as memórias que configuram a história do Recôncavo Baiano a partir do resgate e restauro de acervos, arquivos documentais e orais, produções gráficas e audiovisuais do território e, posteriormente, da mesma forma, a produção de material e outros instrumentos didáticos que possam contribuir para os processos de formação nas escolas dos municípios da região e na formação dos gestores públicos, especialmente aqueles que trabalham nas áreas de cultura e patrimônio

Linha de Pesquisa 4 - Educação, Docência e Identidades

Pesquisadoras/es:

Profª Drª Ana Cláudia Souza
Profª Drª Claudilene Silva
Profª Drª Cristiane Souza
Profª Drª Maria Andréa dos Santos Soares
Prof. Dr. Rafael Palermo Buti
Profª Drª Zelind
a Barros


Referências negras na antropologia: tradução de obras de antropólogos africanos e da diáspora de língua in
glesa
Coordenação: Maria Andrea dos Santos Soares
Bolsista(s):
Voluntária(o):
Período de execução: fevereiro de 2021 a junho de 2022
Agência financiadora:

Resumo do projeto: Este projeto parte do mapeamento das demandas pedagógicas do curso de Licenciatura em Ciências Sociais no que concerne à circulação de textos da área das ciências sociais, especialmente da área de antropologia social, escritos por antropólogos africanos e da diáspora de língua inglesa. A necessidade de pensar novas epistemologias, de concretizar processos de decolonização do pensamento e da luta contra os diferentes aspectos do racismo torna o projeto encampado pelo UNILAB um marco histórico em termos de Políticas afirmativas no campo da educação no Brasil. Neste sentido, o projeto aqui apresentado visa suprir uma lacuna existente na literatura em português, a saber, a produção de traduções de antropólogos africanos – bem como de antropólogos de língua inglesa que tenham se dedicado às questões relacionadas à diáspora africana e às questões raciais.

Memória e luta: experiências educacionais de mulheres em Maputo (1980-2020) 
Coordenação: Cristiane Souza
Bolsista(s):
Voluntária(o):
Período de execução: 2020-2021
Agência financiadora: UNILAB

Resumo do projeto: Analisar as memórias das experiências educacionais das mulheres moçambicanas desde 1980 para evidenciar as lutas e estratégias cotidianas adotadas por elas para acessar e se manterem nos espaços formais e não formais de educação, a exemplo da inserção e manutenção em postos de trabalho; da organização e participação política no processo de modernização do estado Moçambicano, conciliando com os cuidados com a família, os/as filhos/as e a casa e garantindo com isso formação e emancipação. Para tal, pretendo realizar uma investigação de caráter histórico e etnográfico construida a partir do levantamento e análise de fontes orais e documentais, assim como de dados produzidos a partir da constituição de uma rede de interlocutoras de diferentes faixas etárias e classes sociais, inseridas ou não em empregos formais e de diferentes níveis de escolarização na cidade de Maputo.


Permanência estudantil na UNILAB: especificidades de uma universidade Interiorizada e Internacional
Coordenação: Carla Craice da Silva
Bolsista(s): Luciana dos Santos Jorge
Voluntária(o):
Período de execução: outubro de 2020 a setembro de 2021
Agência financiadora: FAPESB

Resumo do projeto: A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) foi criada pela lei nº 12.289, de 20 de julho de 2010 (BRASIL, 2010). A criação dessa universidade é fruto de dois fatores: a expansão universitária realizada através do Plano de Reestruturação das Universidades (REUNI) que possibilitou no Brasil a interiorização da educação superior e, consequentemente, sua democratização (GOMES, 2013) e da cooperação sul-sul instituída pelo Brasil para obter visibilidade internacional entre outros fatores (MALOMALO; SOUZA, 2016), que tem como objetivo a internacionalização. As missões da UNILAB, a interiorização e a internacionalização, gera um duplo desafio para sua efetivação. Como a universidade garante a permanência de estudantes negros, brasileiros e africanos? Sabe-se que, embora o ingresso da juventude negra tenha se intensificado nos últimos anos, a sua inclusão só se torna efetiva quando o ingressante consegue trilhar todo o caminho do seu curso e conclui-lo. Este projeto de pesquisa visa investigar os desafios sobre a permanência da juventude negra na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), uma conquista ao acesso da população negra ao ensino superior.


Práticas Pedagógicas Escolares na Educação das Relações Étnico-Raciais
Período: 2018-2019
Coordenação: Profª Dra. Claudilene Maria da Silva/ Profa. Dra. Carla Verônica Albuquerque Almeida
Bolsistas: Rafaela Bacelar dos Santos

Resumo do Projeto: O projeto objetivou analisar o itinerário da prática pedagógica na educação para as relações étnico-raciais de uma instituição escolar em São Francisco do Conde – BA. As práticas pedagógicas escolares que estão sendo desenvolvidas e vivenciadas para a institucionalização da educação das relações étnico-raciais no Brasil, ainda são pouco conhecidas, discutidas e socializadas. Entretanto, são elas que em longo prazo, podem fundamentar um projeto pedagógico curricular preocupado com a diversidade humana, contribuindo para a construção de pedagogias de combate ao racismo. Foi realizado um estudo de tipo etnográfico que focalizou a aproximação e a vivência das diferentes realidades da instituição, procurando mapear e caracterizar as práticas pedagógicas na educação para as relações étnico-raciais. As sessões de trabalho na escola tiveram como objetivo ouvir a comunidade escolar, observar a presença das relações étnico-raciais, conhecer os procedimentos do ensino de história e cultura afro-brasileira, bem como o desenvolvimento de outras práticas sobre o tema. Concluímos que as práticas pedagógicas para a educação das relações étnico-raciais, desenvolvidas pela instituição, ainda estão em processo de implantação. Muitas ações e atividades ainda são realizadas em momentos pontuais, apesar de alguns conteúdos do currículo da escola, serem trabalhados na prática pedagógica mas, sem que haja ênfase e aprofundamento das questões étnico-raciais.
Palavras-chave: Práticas pedagógicas; escola; relações étnico-raciais; itinerário pedagógico.


Política Curricular e Práticas Escolares em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
Período: 2018-2019
Coordenação: Profª Dra. Claudilene Maria da Silva/ Profa. Dra. Andréia Cardoso Silveira
Bolsista: Luis Namua Utinco

Resumo do Projeto: O projeto de pesquisa objetivou identificar e analisar mudanças e permanências na política curricular e nas práticas escolares para educação para as relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no período entre 2013 e 2018. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, cujo procedimento metodológico foi o estudo bibliográfico que visou mapear na produção acadêmica recente sobre política curricular e práticas escolares a respeito da temática educação para as relações étnico- raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Para tanto, realizou-se o estudo da produção teórica apresentada nas reuniões anuais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), no período proposto, no GT 21 - Educação e Relações Étnico-Raciais. Através das análises dos trabalhos levantados, observou- se que embora haja avanços nos estudos/pesquisas sobre a Educação para as relações étnico-raciais, inclusive no fortalecimento da política curricular, muitas ações ainda são necessárias no processo de construção de práticas educativas de enfrentamento do racismo, da discriminação e do preconceito racial.
Palavras-chave: Política Curricular,. Práticas Escolares,. História e Cultura Afro-Brasileira.

Linha de Pesquisa 5 - Raça, Gênero e Tecnologias

Pesquisas que focalizam a relação entre raça, gênero e tecnologias, com abordagens teóricas e empíricas. Reúne discussões sobre produção e apropriação tecnológica por segmentos subalternizados; interseccionalidade e representações sobre raça, classe, gênero e sexualidade; políticas públicas, ações afirmativas e interseccionalidade.

Pesquisadoras/es:

Profª Drª Maria Andréa dos Santos Soares
Profª Drª Zelinda Barros
Yuri Crisóstomo
Dauda Uali (Associado)



Participação de afro-brasileiras e africanas na pesquisa e produção de tecnologias digitais 
Agência financiadora: FAPESB
Período: 2019-2020
Coordenação: Profª Drª Zelinda Barros
Bolsista: Yuri Cristóstomo

Resumo do projeto: O projeto “Participação de afro-brasileiras e africanas na pesquisa e produção de tecnologias digitais”, de caráter exploratório, visa mapear, analisar e divulgar a produção acadêmica sobre tecnologias digitais nos PALOP e no Brasil no período de 1989 - quando foi criada a World Wide Web (WWW), a 2019. Por meio de uma abordagem que se constituirá a partir do diálogo teórico-metodológico entre os Estudos sobre Cibercultura e os Estudos de Gênero e Feminismos, pretende-se analisar de que forma a brecha digital de gênero e raça é superada por estas pesquisadoras vinculadas a universidades públicas do Brasil e dos PALOP.


Afro-brasileiras e africanas desafiando a brecha digital 
Agência financiadora: CNPq
Período: 2019-2020
Coordenação: Profª Drª Zelinda Barros
Bolsista: Dauda Uali

Resumo do projeto: O projeto “Afro-brasileiras e africanas desafiando a brecha digital”, de caráter exploratório, visa mapear, analisar e divulgar a produção acadêmica sobre tecnologias digitais nos PALOP e no Brasil no período de 1989 - quando foi criada a World Wide Web (WWW), a 2019. Por meio de uma abordagem que se constituirá a partir do diálogo teórico-metodológico entre os Estudos sobre Cibercultura e os Estudos de Gênero e Feminismos, pretende-se visibilizar a participação de mulheres afro-brasileiras e africanas na produção tecnológica e na produção de pesquisas científicas sobre tecnologias digitais, identificando as principais questões por elas abordadas neste campo.